domingo, 12 de maio de 2013

Fui, Sou de Campo Grande


Na coluna desta semana temos como convidada Daniela Falci, Assistente Social e, atualmente, Oficial Temporário da Marinha do Brasil.

Daniela Falci, 29 anos, estudou no Colégio Cunha Mello, no bairro de Santa Cruz, fez Pré vestibular no curso Porão, em Campo Grande. Passou e concluiu a Faculdade de Serviço Social na Universidade Federal Fluminense, em 2007. E é Pós graduada pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) em Atendimento a criança e o adolescente vítima de violência, em 2011.



Iniciou na Assistência Social nos estágios: Adolescentro Paulo Freire na Rocinha (2007), Hospital Rocha Maia em Botafogo (2004), Prefeitura do Rio de Janeiro – SMAS – Secretaria Municipal de Assistência Social - nos Hotéis Acolhedores (2006) e no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (2005).

Após sua graduação atuou como Perita em Serviço Social do Juizado Federal e como Tutora de Serviço Social da ULBRA (Universidade Luterana do Brasil), das Unidades de Pronto Atendimento - UPA Maré, Manguinhos, Ilha do Governador e Santa Cruz, do Hospital Municipal Pedro II, do Colégio Angelorum, II Juizado de Violência Doméstica contra a Mulher (Campo Grande) e, atualmente, é Oficial Temporário da Marinha do Brasil.

Possui também diversos artigos publicados apresentados em âmbito nacional e internacional com as temáticas: saúde, violência contra crianças, adolescentes e mulheres e análise socioeconômica. Com destaque no artigo: A discussão acerca da temática da saúde das crianças e adolescentes em uma unidade de pronto atendimento apresentado no III SEMINARIO INTERNACIONAL DE DERECHOS HUMANOS, VIOLENCIA Y POBREZA em Montevideo, Uruguai.

Daniela faz um breve comentário sobre a SAÚDE NA ZONA OESTE

                “Contamos com a inauguração das Clínicas da Família, porém os postos de saúde não sofreram melhorias como a contratação de novos profissionais. Foram construídas novas UPAS, mas os Hospitais de grande porte como o Hospital Municipal Pedro II (Santa Cruz) e o Hospital Municipal Rocha Faria (Campo Grande) ainda apresentam o déficit de algumas especialidades só encontradas em hospitais localizados no Centro do Rio de Janeiro.
Vale destacar a existência de moradores paupérrimos nesses bairros, sem condições de gastar dinheiro com transporte e subsidiar alimentação na rua para ser atendido em alguma Unidade de Saúde fora do seu bairro. Soma-se a isso a questão de muitas mulheres prestarem cuidados aos filhos e/ou netos e não possuírem condições de levá-los para o atendimento acarretando a falta de cuidados com a sua saúde.
                Quando o Hospital Municipal Pedro II passava por reformas, após o incêndio, as UPAS de Santa Cruz (Cesarão e João XXIII) absorveram essa demanda e os moradores de Santa Cruz tiveram que se deslocar para hospitais fora do seu bairro ocorrendo à superlotação dos hospitais próximos, fato que ocorreu no Hospital Municipal Rocha Faria (Campo Grande). Sendo assim, aumentou o número de usuários atendidos, falta de contratação de profissionais e a precarização do serviço.
                O que nós moradores podemos fazer diante essa situação?! Como população usuária do serviço possuímos o direito de participação no Conselho de Saúde, para isso é necessário participar das discussões. Cobrar dos nossos representantes a contratação de profissionais na área da saúde, utilizar a ouvidoria da prefeitura, votar de forma consciente nos políticos da nossa região e fiscalizar se o que foi proposto em sua candidatura está condizente com as atividades realizadas no mandato.”


CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Presidente: Hans Dohmann, representando a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC).
Substituto do Presidente: Ludugério Silva, representando o Conselho Distrital da AP 5.1. 

Composição da Comissão Executiva:
Conselho Distrital da AP 5.1 (Bairros: Realengo, Senador Camará, Padre Miguel, Bangu, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos, Vila Kennedy, Santíssimo e Catiri)
Amorvit-RJ - ASSOCIACAO DE MOVIMENTOS DOS RENAIS VIVOS E TRANSPLANTADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Faferj - Federação de Favelas do Rio de Janeiro
Instituto Afro Brasil Cidadão
Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Rio
Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil

Conselho Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
Rua Afonso Cavalcanti, 455 – Bl. I – sala 814 – Cidade Nova/RJ
CEP:20.211-901
Telefones: 2976-2269/2293-0341(telfax)
e-mail: comsaude@rio.rj.gov.br

CALENDÁRIO DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS - CMS/RJ
Local: Auditório Meri Baran - Rua Afonso Cavalcanti , 455 – Bl. 1 – 856 - CASS
MÊS                      DATA                      HORÁRIO
Maio                   14/05/2013               14h às 18h
Junho                 11/06/2013               14h às 18h
Julho                  09/07/2013               14h às 18h
Agosto               13/08/2013                14h às 18h
Setembro           10/09/2013                14h às 18h
Outubro             08/10/2013                14h às 18h
Novembro         12/11/2013                 14h às 18h
Dezembro         10/12/2013                 14h às 18h

CONSELHO DISTRITAL DE SAÚDE A.P 5.2 – CAMPO GRANDE E GUARATIBA
End.: Praça Major Vieira de Melo, s/n – Comari
·         Fonte: Secretaria Municipal de Saúde – http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/

O blog O Campo Grande que Merecemos agradece e a parabeniza pelo trabalho e atuação no campo de Assistência Social. 

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Campo Grande em Notícia

Cabral inaugura obras que ampliam abastecimento em Campo Grande
O governo do estado, através da Cedae, inaugurou nesta quinta-feira (11/4), em Campo Grande, duas importantes obras que vão ampliar em 84 milhões de litros por dia a oferta de água para moradores de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro: a construção do tronco de abastecimento Santíssimo-Guaratiba e a construção do tronco e elevatória Victor Konder, que inclui a reforma do reservatório de mesmo nome.

- A Cedae está no caminho certo. Já realizou a reestruturação financeira e administrativa e, agora, começa a investir pesado no aumento da oferta de água e na expansão da rede de esgoto. Vamos começar a cobrar metas da Cedae para que, cada vez mais, seja uma companhia que atenda melhor o povo – destacou o governador Sérgio Cabral no evento.

O novo tronco Santíssimo-Guaratiba tem capacidade de transportar até 52 milhões de litros/dia, o suficiente para atender até 200.000 habitantes. O sistema conta com 12 km de novas tubulações, dos quais 6 km com diâmetro de 600 milímetros e o restante com diâmetro de 300 milímetros. O tronco tem origem na Rua Uirapuru, na Nova Elevatória do Lameirão, e é interligado a outro tronco, na Estrada do Mato Alto – Largo do Correa.

- Quando assumimos, a Cedae era deficitária, dando prejuízo mensal de R$ 30 milhões. A atual gestão saneou a empresa, que pagou suas dívidas com o governo federal e, assim sendo, conquistou o direito de voltar a captar financiamento para investir em água e esgoto no estado do Rio de Janeiro. Hoje a empresa tem tudo para crescer. Já fizemos muito e sabemos que ainda temos muito que caminhar – ressaltou o vice-governador Luiz Fernando de Souza Pezão.

Ao longo do traçado da nova tubulação foram realizadas cinco novas interligações com sistemas de abastecimento já existentes, que atendem a Estrada do Pré, Estrada do Cabuçu e Estrada da Cachamorra. As ligações permitirão a melhoria significativa no abastecimento dos moradores atuais destas vias e também asseguram a possibilidade de novas ligações, acompanhando o crescimento que vem ocorrendo em todas as regiões circunvizinhas.

- Como nosso vice-governador falou, a Cedae pode captar investimentos de R$ 25 milhões do governo do estado e do governo federal, através da Caixa Econômica Federal para os dois projetos que vão garantir o fornecimento de água para mais de 100 sub-bairros da região - que vem passando nos últimos anos por processo constante de crescimento populacional e urbanização - e já contemplam seu crescimento futuro. Esse aumento vai beneficiar, inclusive, a Jornada Mundial da Juventude, evento que acontecerá este ano – frisou o presidente da Cedae, Wagner Victer.

Já a segunda obra consistiu no assentamento de tronco com 2.000 metros de tubulações de 600 milímetros que transportará água até a elevatória construída junto ao Reservatório Victor Konder, permitindo a distribuição de 32 milhões de litros/dia, o suficiente para abastecer 130.000 pessoas. Além disso, também foi realizada a revitalização do reservatório Victor Konder, que teve sua estrutura reformada e ganhou iluminação artística. A construção histórica foi concluída em 1928 e tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) e tem capacidade de armazenamento de 16 milhões de litros de água. O trabalho contou com mão de obra de funcionários da Cedae e de apenados.

Este novo sistema vai garantir a melhoria da qualidade do abastecimento da Estrada do Monteiro, Estrada do Magarça e da Avenida Cesário de Melo, na área central de Campo Grande.

Participaram da inauguração das obras o governador Sérgio Cabral, o vice-governador Luiz Fernando de Souza Pezão, o secretário estadual do Ambiente Carlos Minc, o presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) deputado Paulo Melo e o presidente da Cedae Wagner Victer, entre outras autoridades e parlamentares.
em: 11/04/2013

http://www.cedae.com.br/

terça-feira, 23 de abril de 2013

Campo Grande em Notícia


Hospital do Rio vai tratar pacientes em casa

22/04/2013 - 19h24

Rio de Janeiro – A partir de agora, pacientes do Hospital Estadual Eduardo Rabello, em Campo Grande, na zona oeste do Rio, serão beneficiados com atendimento especial após período de internação na unidade de saúde. Uma equipe formada por assistente social, enfermeiro, fisioterapeuta, psicólogo e terapeuta ocupacional irá até a casa desses pacientes para dar continuidade ao tratamento, evitando reinternações desnecessárias. A expectativa é que o hospital, referência no atendimento ao idoso na capital fluminense, faça cerca de 15 visitas por mês.
Segundo o diretor da unidade, Edson Mendes Nunes, a intenção do projeto é aperfeiçoar o atendimento ao idoso, faixa etária que mais cresce no país. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12% da população brasileira têm mais de 60 anos e o número de idosos cresceu 55% nos últimos dez anos.

“Com o passar do tempo, começamos a perceber que essa ida [dos profissionais de saúde] no domicílio representa qualidade de vida ao idoso. É ainda uma forma de ampliar o número de altas, desafogando os leitos do hospital. Muitas vezes o paciente que poderia ter alta fica internado porque não tem assistência em casa”.

A visita é feita por uma equipe multidisciplinar conhecida do idoso, facilitando o tratamento médico. De acordo com Nunes, as visitas têm ocorrido somente com moradores de Campo Grande e que tenham doenças que possam ser tratadas em casa, como enfermidades próprias da idade. Cada paciente será avaliado na primeira visita, e receberá tratamento personalizado segundo as suas necessidades.
Segundo o diretor, os pacientes receberão as visitas até que possam receber alta médica. Caso contrário, eles serão inseridos no Programa de Saúde da Família, do Ministério da Saúde, para dar continuidade ao tratamento. “Não há outro projeto no estado que tenha esse perfil, que englobe um espaço hospitalar com atendimento ambulatorial, internação e visita domiciliar”, avaliou Nunes.
O hospital, inaugurado em 1973, foi o primeiro a ser planejado e construído para atendimento geriátrico especializado na América do Sul. Com 120 leitos disponíveis, a unidade faz cerca de 100 internações e 2,5 mil consultas médicas por mês.
Para ampliar a assitência à terceira idade no estado, o governo do Rio inaugurou em outubro do ano passado o Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Cepe), na Gávea, zona sul da cidade, que vai promover simpósios, seminários e cursos sobre o tema, além de prestar atendimento clínico. No mesmo mês, foi lançado o Centro Estadual do Trauma do Idoso (Ceti), no Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, zona norte, destinado a idosos com fratura no fêmur.
Edição: Aécio Amado
Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Fui, Sou de Campo Grande


Na coluna desta semana, temos como convidado um ator que está estourando no teatro, em um musical.

Diego Luri, jornalista, ator. Idade? Segundo ele “a idade do ator é a idade de seu personagem”. 

 
Nasceu em Campo Grande, bairro onde vive até hoje. Iniciou a sua vida escolar no Colégio Nossa Senhora do Rosário, no ensino médio, fez um tour passou pela Escola Técnica do Rio de Janeiro (RJ) para fazer técnico em Informática Industrial, mas como não tinha menor vocação, voltou para o ensino comum, no Santa Mônica Centro Educacional e, finalizou os estudos no Educandário Monteiro Lobato, já na Estrada do Iaraquã. E se graduou em Jornalismo pela Universidade Gama Filho.

Diego conta que desde criança quis cantar e interpretar, mas seu pai nunca foi muito ligado nas suas aptidões artísticas e sua mãe não tinha condições de pagar cursos para ele. Então começou a fazer teatro aos 13 anos, em um cursinho que funcionava no colégio que estudava. Depois fez peças amadoras e trabalhou por anos dirigindo um grupo de teatro da Igreja que participava.

Durante o tempo de faculdade e formação como jornalista ficou parado.

A decisão de se tornar Jornalista foi, pois precisava de uma “profissão de verdade”, já que os pais dele, principalmente o pai, não acreditava na carreira de ator, dizia que era coisa de sonhador, que não dava futuro. E a mãe não apoiava por valores morais e religiosos. Com o passar do tempo, sua mãe viu e entendeu o que era a profissão de ator e começou a dar mais apoio. Diego conta: “Minha mãe começou a entender que a profissão não era bem como ela pensava (risos) e começou a dar mais apoio e a segurar minhas barras pra pagar cursos e tudo o mais”.

Contudo uma profissão “de verdade” se tornou uma necessidade para Diego, pois se carreira de ator não desse certo, teria outra para ser garantir. Como é amante da escrita e da Comunicação, o Jornalismo veio a calhar. “Eu sabia bem que fora da Arte, só conseguiria me envolver com a Comunicação”.  Já no segundo período de faculdade começou a estagiar em um programa de televisão cultural.





“Eu adorava entrevistar artistas e cobrir espetáculos, exposições, e toda forma de Arte.”
Diego Luri 
 
 



A carreira de ator começou depois de formado e com emprego regular como jornalista e com a certeza que poderia se estabelecer na carreira se quisesse. Tendo seu próprio dinheiro, pode pagar seus cursos e correr atrás de seus sonhos, começou a audicionar para espetáculos quando estudava na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL). Logo passou em uma e outra, e não parou mais. Apesar da carreira de ator, a Comunicação ainda faz parte de sua vida. Está tentando conciliando as duas carreiras da melhor forma possível.

Suas apresentações em Campo Grande

Em 2007, quando começou a fazer teatro, a montagem foi a peça “Os Incríveis Anos 60", com direção de William Vita, baseada no filme Grease. Anos depois, voltaria como o Horloge, de a Bela e a Fera. Mas na época que a peça foi para Campo Grande, estava em um musical no Teatro Ipanema e não teria tempo de fazer as duas. E quem acabou fazendo foi seu substituto, o ator Yuri Goldenberg. Algum tempo depois fez uma apresentação única na Lona Cultura Elza Osborne participando de um show de humor chamado Total Comedy, com Sil Esteves, Fábio Nunes, Flávio Lobo e uma galera bem legal de comédia. 

Total Comedy - Direção: Flávio Lobo Cordeiro. Produção: Leonam Ferrari.
Sinopse: Um espetáculo onde tudo é improvisado. Jogos que contam com a participação
 do público para a criação de esquetes cômicos, garantindo gargalhadas do início ao fim.

Sua trajetória profissional

Na Televisão

Começou como repórter no programa Mosaico, produzido pela TV Gama e veiculado no atual Canal 11 da NET-Rio. Depois, apresentou o programa Vida e Missão, produzido pela Igreja Metodista do Estado do Rio de Janeiro, fazendo entrevistas e cobrindo trabalhos sociais. O programa era veiculado na Band Rio e posteriormente passou para a CNT.

No Teatro

Grande parte da carreira tem sido dedicada a espetáculos para a família, com classificação livre, e a musicais. Teve a oportunidade de ser dirigido por um dos maiores conhecedores de teatro musical no nosso país, Paulo Afonso de Lima, e fez dois espetáculos com ele, com a direção musical de Patrícia Evans. Estava fazendo Porquinhos - O Musical, no Teatro NET-Rio, quando foi aprovado para o elenco de Shrek. Seria a minha primeira grande produção.

Na Música

Integrou o grupo vocal Réus Confessos, que já fez participações no programa da Xuxa, no QST (do SBT) e entre outros. Gravei uma versão da música YMCA para a novela Morde & Assopra, da Rede Globo, que foi utilizada em cenas do personagem Áureo, interpretado pelo André Gonçalves.


O Musical Shrek. 

Diego conta: “Sempre fui um grande amante do teatro musical. Mas Shrek foi minha segunda grande audição. A primeira foi para o espetáculo "O Mágico de Oz", da Aventura Entretenimento, dirigido por Charles Moeller e Claudio Botelho, que inclusive é responsável pelas versões brasileiras para as músicas de Shrek. Foram 1.200 inscritos, 800 selecionados para as audições e quatro etapas de seleção. Canto, dança, interpretação. Por fim, acabei sendo
eleito para o personagem título”. 



Sua rotina

“Olha, embora a gente só esteja em cartaz de quinta a domingo, a rotina é bem puxada. Sábado e domingo são duas sessões. Eu chego meio-dia ao teatro e saio de lá às 22h ou 23h. A equipe calcula cerca de três horas para a minha caracterização. Temos feito em menos, em duas horas aproximadamente, mas é necessária essa margem de uma hora para emergências. Como o figurino é pesado (cerca de 8,5kg), existe uma fisioterapeuta que me auxilia nesse processo. O calor também é um fator crucial. Além dos aparelhos de ar condicionado que têm que estar funcionando à máxima potência, também trabalhamos com ventiladores tufão nas coxias, onde a cada final de cena a maquiadora faz reparos na máscara e manutenção na pintura. Meus dias livres acabam passando bem rápido. A minha segunda-feira uso para descansar ao máximo. Terça-feira faço cursos e na quarta-feira resolvo pendências burocráticas. Como moro longe do teatro, acaba sobrando bem pouco tempo pra mim.”

Como esta rotina semanal, Diego comenta que é preciso se cuidar. Além de procurar estar sempre se reciclando em aulas, é muito importante cuidar da voz e da saúde. Evitar excessos, dormir bem e se alimentar adequadamente. E diz: “Eu, por exemplo, se não tiver pelo menos oito horas de sono antes da sessão, isso compromete um pouco o meu desempenho. Talvez o público não perceba algo tão crítico, mas eu sei que não estaria dando o meu melhor. A voz não fica tão limpa. O corpo não fica tão disposto. Então, é muito importante, sim, se cuidar”.

Quanto ao incêndio que chocou o país e suas repercussões, teatros e casas e espetáculos interditados, ele comenta: “Muita gente fez apelos pela reabertura dos teatros e tudo o mais. Eu sei que, apesar da negligência que se foi feita com o cuidado dessas casas de show até agora, se essa atitude não fosse tomada coisas piores poderiam acontecer. Não adianta reclamar pelo que não foi feito nos anos anteriores. É legal estudar o que pode ser feito a partir de agora. A medida que se encontrou foi fechar os teatros que não estavam em condições adequadas para receber o público. É um risco que não se pode correr. A segurança e a integridade física do público, da equipe do espetáculo e do teatro precisam ser preservadas acima de tudo. Eu sei que foi um baque financeiro pra muita gente. Mas, como deixaram chegar a esse ponto, foi necessário fechar até regularizar a situação. Manter esses teatros abertos é se assemelhar aos seguranças que mantiveram aquelas pessoas dentro da boate gaúcha. Cruel, mas real. Quanto ao Shrek, o Teatro João Caetano não foi interditado e mantivemos a nossa programação normalmente. Espero que todos os teatros voltem a funcionar normalmente o mais breve possível. A classe artística e a população precisam disso. Pelo bem da Cultura”.

O Blog perguntou a ele o que falta em Campo Grande para aumentar a frequência de peças e público nos teatros do bairro e ele nos respondeu com muita propriedade: “Educar a região sobre a importância da cultura e divulgar bem os espetáculos. Falta um incentivo real à arte, principalmente nas escolas. As peças em Campo Grande têm público, quando bem divulgadas. O que falta é trazer espetáculos. O que falta é cuidar bem dos nossos teatros. Falta criar mais internamente também. Casas e espetáculos”. 

Diego ainda mora em Campo Grande, apesar de ter ficado um tempo em Copacabana, acabou voltando. Mas como todos que moram em Campo Grande e trabalham no Centro ou na Zona Sul leva até cinco horas de ida e volta em transporte. Só por esta razão, está pretendendo se mudar em breve. Ele diz “Eu adoro Campo Grande. O grande problema, pra mim, realmente tem sido a distância. Levo até cinco horas de ida e volta em transporte em dias de trabalho. Por isso, e apenas por isso, pretendo me mudar brevemente. Mas adoro Campo Grande”.  

E finaliza:

“Parabéns pelo trabalho. Tem muita gente da Zona Oeste em atividade por aí. A própria Dragona, do espetáculo Shrek, é moradora de Santíssimo. Outros atores como William Vita, Bruno Macedo, Karen Coelho, Ricardo Ferreira, Rafaella Ferreira e tantos outros já moraram no bairro. E que se produza mais e mais propagadores da arte aqui em Campo Grande. Um grande beijo pra você e pros leitores do blog. ;)”

Somos nós que agradecemos a você. 
Que mais espetáculos venham para nosso Bairro.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Fui, Sou de Campo Grande


Na coluna desta semana, conheceremos um jovem empreendedor que a partir de uma necessidade viu uma oportunidade. Criou um grupo de divulgação de empregos que está fazendo oito anos e quatro meses.

O nome dele é Nirley Alves, 30 anos, nasceu em Senador Camará e, hoje, reside em Campo Grande. Formado em Engenharia de Produção e médio profissionalizante Técnico em Eletrônica/Telecomunicações, atualmente, está atuando na área de Construção Civil Pesada coordenando uma equipe de obras e departamento pessoal.




O Carioca Vagas

O Carioca Vagas foi criado em 06 de Dezembro de 2004. Neste período, Nirley estava desempregado e como sair às ruas com currículos impressos distribuindo nas portas das Consultorias de RH e Empresas não era mais utilizado foi pesquisar na internet os novos meios de comunicação na área de RH, descobriu que existia um grupo de empregos no Yahoo! Grupos e associou-se ao grupo. Em um determinado momento, surgiu uma dúvida, sendo necessário um contato via e-mail e o retorno foi desagradável pela falta de atenção e educação do responsável. A partir desse momento, surge a veia empreendedora, criou um grupo de empregos focado no Rio de Janeiro com o mesmo objetivo e maior profissionalismo, com o diferencial na qualidade do atendimento. Nirley conta: “Ao passar do tempo, o grupo Carioca Vagas se firmou e o grupo mencionado terminou”.

O nome foi escolhido por tratar-se de um grupo de divulgação de empregos exclusivo para o Estado do Rio de Janeiro.

Ele explica como é o funcionamento do grupo: “O grupo funciona de maneira muito simples e não há cadastro de currículos. Existem dois perfis no Grupo: o candidato e o recrutador. O candidato se cadastra com o seu email e passa a receber diariamente todas as oportunidades divulgadas, ficando por sua conta realizar o filtro do cargo/área de interesse.
O recrutador se cadastra com o seu email e envia as oportunidades para um email padrão do Grupo. Essas oportunidades são moderadas e sendo aprovadas, são liberadas para todos os associados. O recrutador informa na vaga o email para qual o candidato deverá enviar o seu currículo.”

Atualmente, o Carioca Vagas está com mais de 50mil associados no Grupo e mais de 5.500 fãs no Facebook, e tem uma média de 35 novos associados diariamente. Marca impressionante, pois o mesmo cresce por intermédio do boca a boca, único meio de divulgação do grupo.




O Blog perguntou se Campo Grande e adjacências têm muitas oportunidades de emprego e nosso convidado respondeu: “É visível o crescimento social-econômico de Campo Grande e adjacências com a entrada de novas empresas e incorporações imobiliárias, o que demonstra que as localidades estão mais atraentes para os empresários de todos os segmentos. Existem inúmeras empresas já instaladas e que movimentam a economia local com o aumento do consumo e a geração de empregos como a Michelin, SuperPesa, Gerdau, Ambev, South Side, Banco de Areia, Carreteiro e outras mais. Recentemente, na indústria, tem a ICN - Itaguaí Construções Navais, a fábrica da P&G em Seropédica (em construção);  no comércio, o Park Shopping de Campo Grande da Multiplan, uma das maiores empresas de shopping centers do país; o CD (centro de distribuição) da Renner; e, na prestação de serviços, há uma central de atendimento da Atento. Todos esses investimentos geram milhares de empregos direta e indiretamente, principalmente para os candidatos locais. Um exemplo foi a ICN, onde cerca de 60% dos trabalhadores foram recrutados em Itaguaí e 5% em Mangaratiba. “

Hoje, segundo Nirley, nem todas as empresas conhecem os serviços do Carioca Vagas, contudo tem grandes empresas utilizando o grupo como: Atento, Cogumelo, Superpesa, Carreteiro, Compra Fácil, Brafer, Renner e inúmeras marcas de moda feminina/masculina instaladas nos Shoppings; entre outros negócios como: cafeterias, restaurantes, auto peças, hospitais, casas de show e consultórios.

Finalizando a nossa conversa, o Blog perguntou o que precisa acontecer para que as empresas instaladas na região incrementem suas contratações, e Nirley responde: “Creio que seja necessário uma pesquisa mais adequada para saber como chegar até o candidato com o perfil desejado. Existem perfis que não se acham divulgando em Jornais ou em grandes sites de empregos, ou até mesmo em grupos como o Carioca Vagas. Defendo também a ideia do retorno, seja ele positivo ou negativo, para todos os candidatos convocados para uma seleção, ou seja, após aquela fase da triagem curricular. Esses problemas ocorrem em inúmeras empresas, em quaisquer localidade, não são específicas das instaladas na região. Há uma discussão por especialistas que o setor de RH necessita cada vez mais ser estratégico e inovador. Concordo, deve haver foco em resultados e gestão de pessoas que agreguem valor ao negócio, a fim de desenvolver os profissionais que garantirão o futuro das empresas, não ficando apenas ‘engessado’ na elaboração da folha de pagamento, cálculos trabalhistas, benefícios e recrutamento e seleção. Mas esse pensamento ‘fora da caixa’ requer mudanças, começando pela contratação de profissionais de áreas distintas para atuarem no setor, assim proporcionando novas ideias e estratégias”.

Conheça mais sobre o Carioca Vagas no site e no facebook.

Site: www.cariocavagas.com.br

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Programação - 07 de abril de 2013


Fonte: Liga dos Profissionais dos Gestores Ambientais LPGA
http://ligaprofissionalgestoresambientais.wordpress.com

* O Blog O Campo Grande que merecemos apenas divulga os eventos, não se responsabilizando pelos mesmos.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Fui, Sou de Campo Grande


Iniciaremos nossa coluna com a história de uma mulher, médica, esposa, mãe e, atualmente, integrante da Força de Paz da ONU no Haiti.

Aline Batista de Castro, 37 anos, morou na Restinga da Marambaia (Guaratiba/RJ) e, posteriormente, se mudou com a família, pai, mãe e duas irmãs, para Campo Grande. 


Ao passar no vestibular, mudou-se para a Cidade de Valença/RJ, para cursar a Faculdade de Medicina (1998). Especializou-se, primeiramente, em Ginecologia e Obstetrícia pela UFRJ, (2002), segundo ela devido “o lidar com a mulher em todos os momentos da vida, pela possibilidade de participar de um momento singular como o nascimento de uma criança, entre outras particularidades da especialidade”. E, em (2010), Perícias Médicas pela Fundação UNIMED, o caráter investigativo e o crescimento nos últimos anos da especialidade, além do incentivo de sua irmã, contribuíram na decisão.

Filha de militar e admirando a profissão do pai, em 2002 entra para Exercito, como Oficial Médica Temporária e, em 2009, após aprovação em concurso público ingressa como Militar de Carreira. Antes disso, exerceu a profissão na Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro.
Perguntada o porquê do Exército, ela responde com muita paixão: “Porque eu amo ser militar. Gosto dos nossos pilares: hierarquia e disciplina. Nunca pensei em outra Força Armada que não fosse o Exército.”

Em sua trajetória nesta Força Armada, serviu no Rio de Janeiro/RJ, Cuiabá-MT e Manaus-AM. Atualmente, está servindo na Força de Paz do Haiti.

Para chegar lá, inscreveu-se no site do Departamento Geral de Pessoal do Exército (DGP), passou por uma análise de inscritos, onde são selecionados os militares com o melhor perfil para cada missão, tendo sido designada como Chefe da Seção de Saúde do 17° Contingente de Engenharia de Força de Paz Haiti.
Selecionada, momento difícil, como ir para missão, de 6 a 8 meses, e deixar marido, um filho, João Vitor, de 4 anos e as meninas, Julia e Manoela, de 1 ano e 6 meses, a época. Além de estar fazendo Pós-graduação em Mastologia  em um serviço de excelência, no Hospital Central do Exército – HCE?  “Tive que deixar filhos, marido e curso para vir para a missão. E a decisão de vir acabou sendo tomada pelo desejo de participar da missão, de estar neste país, de conhecer sua cultura, seus desafios na sua reconstrução. Mas, principalmente, pelo incentivo constante do meu marido, parceiro de todo momento que não teve dúvidas em me dar apoio e entender que vir para o Haiti seria muito importante para mim como militar, como médica e como ser humano.” Comenta Aline.

Após a difícil decisão tomada, houve uma fase de preparação, no Brasil, para missão. Instruções sobre a situação do país, o Histórico do país e da Missão de Paz, Regras de Engajamento, GPS, manejo e execução de tiro de diversos armamentos, idiomas, além de um estágio específico na área da saúde que foi realizado na cidade de Santa Maria/RS, no período de 27 de agosto a 07 de setembro de 2012, foram realizadas. Período de treinamento intensivo visando uma preparação ideal para o emprego da tropa.

Partiu para a missão levando consigo uma imagem pessimista de um país destruído, porém ao chegar, relata: “esperava encontrar um país devastado pelas diversas catástrofes que o acometeu: terremoto, tempestades tropicais, furacões. Além da desigualdade social, que existe em todos os países, mas que aqui, pensava eu, era mais evidente. Como esperava pelo pior, minha primeira impressão não foi tão ruim. O trânsito é caótico, principalmente na capital, mas não impede de se locomover. Não vi tanta pobreza como imaginava, o que me deu até um certo orgulho de outros militares brasileiros que me antecederam. Enfim, a impressão que tive é de um país que tem carências mais básicas como energia elétrica, distribuição de água, moradias, mas que possuem uma força interior muito grande. Vi pessoas que perderam tudo, casa, família, trabalho, mas não perderam a esperança e o sorriso no rosto. Isso me surpreendeu muito.”

Durante o período da missão será chefe da seção de saúde do 17° contingente de Engenharia Força de Paz Haiti, coordenando uma seção composta por 2 médicos e seis sargentos de saúde, cuja função é cuidar da saúde da tropa para que militares brasileiros estejam com perfeitas condições de higidez física e mental para realizar o brilhante trabalho da Engenharia Brasileira no Haiti.


A Força de Paz

A Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti ou MINUSTAH (sigla derivada do francês: Mission des Nations Unies pour la stabilisation en Haiti), é uma missão de paz criada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 30 de abril de 2004, por meio da resolução 1542 para restaurar a ordem no Haiti, após um período de insurgência e a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide, por considerar que aquela situação ameaçava a paz internacional e a segurança na região. Para o comando do componente militar da MINUSTAH (Force Commander) foi designado o General Augusto Heleno Ribeiro Pereira, do Exército Brasileiro. O efetivo autorizado para o contingente militar é de 6700 homens, oriundos dos seguintes países contribuintes: Argentina, Benim, Bolívia, Brasil, Canadá, Chade, Chile, Croácia, França, Jordânia, Nepal, Paraguai, Peru, Portugal, Turquia e Uruguai. Os objetivos da missão são principalmente: manter um ambiente seguro e estável, pacificar e desarmar grupos guerrilheiros e rebeldes, promover eleições livres e informadas, e formar o desenvolvimento institucional e econômico do Haiti.



O Haiti

O Haiti é um país localizado no Mar do Caribe, na América Central, e que desde a sua independência enfrentou inúmeros problemas. Considerado a nação mais pobre das Américas, o Haiti, recentemente, viu sua situação piorar ainda mais após o terremoto ocorrido em 12 de janeiro de 2010, de grandes proporções, que destruiu boa parte das construções no país e fez mais de 300 mil vítimas fatais.
Além dos desastres naturais, o Haiti também sofre com a cólera, doença caracterizada por uma forte desidratação causada por diarréia. O infectado sente fortes dores abdominais, náuseas, hipotensão e taquicardia. Esta doença letal se iniciou no interior do país e rapidamente atingiu a capital.
A instabilidade política, os desastres naturais e as epidemias fizeram com que muitos haitianos saíssem do país em busca de melhores condições de vida.


Atualmente, as crianças estão com 5 anos, João Vitor, e 2 anos, Manoela e Julia, a comunicação é frequente pelo Skype e pelo Facebook, muitas fotos das crianças são postadas por uma de suas irmãs. “Nos falamos pelo skype com frequência. Posso interagir com as crianças e amenizar a saudade de todos. Também usamos outro aplicativo como Zello, que funciona como rádio. João Vitor adora usar linguagem rádio. É muito divertido. Mas matar a saudade é impossível, os meios de comunicação que utilizamos permitem que eu prossiga na missão aqui, e ele na missão de cuidar das crianças e seguir sua rotina no quartel” relata.

Em breve, estará a caminho do Rio de Janeiro, no final deste mê, para curtir a família e trazendo na bagagem crescimento profissional e principalmente como ser humano.

Parabéns a todos militares que já serviram e estão servindo nas Forças de Paz, principalmente as mulheres que lutaram tanto por este espaço!